Um vigoroso compêndio estatístico divulgado pelo SECOVI/DF – Sindicato da Habitação do Distrito Federal – revelou que o segmento de revenda de imóveis (o mercado chamado de secundário) teve uma movimentação vultosa de R$ 17,35 bilhões ao longo do ano de 2023, evidenciando o pulso firme do setor imobiliário candango mesmo em meio aos ventos econômicos incertos.
Ao destrinchar a arrecadação do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), observa-se um salto sutil porém significativo: o montante arrecadado atingiu R$ 542,43 milhões, configurando um acréscimo de 4,76% frente aos R$ 517,78 milhões recolhidos no exercício anterior, 2022.
Ovídio Maia, presidente do SECOVI/DF, expressou contentamento diante dos indicadores: “Os dados ratificam que 2023 foi um ciclo auspicioso para o nosso setor. E para 2024, a projeção é ainda mais entusiástica, principalmente diante da tendência de queda nos juros. O brasileiro, por natureza, ancora sua confiança na segurança que uma escritura representa”.
O boletim técnico também escancara os territórios mais cobiçados. No que tange a apartamentos, o pódio é ocupado pelos imóveis de quatro dormitórios no bairro Noroeste, cotados a R$ 15.256/m². Já no quesito casas, quem reina é o Lago Sul, com valor médio de quase R$ 4 milhões por unidade, consolidando-se como epicentro do alto padrão no DF.
Águas Claras, por sua vez, emergiu como o epicentro do mercado de revenda, concentrando nada menos que 6.786 imóveis à venda ao final de 2023. A região também figura entre as três maiores em volume de imóveis disponibilizados para locação, demonstrando pluralidade na dinâmica imobiliária local.
Taguatinga e a Asa Norte completam o topo da tabela com 2.306 e 2.209 unidades à venda, respectivamente, confirmando o vigor da malha urbana do DF no que tange ao mercado secundário.
No que diz respeito à locação, Asa Norte e Asa Sul travam um duelo técnico, com 1.265 e 1.264 unidades disponíveis, respectivamente. Águas Claras surge logo atrás com 1.215 imóveis ofertados. Um detalhe de peso: nas Asas, a maioria das ofertas são salas comerciais e lojas, enquanto em Águas Claras mais de 90% dos imóveis ofertados para aluguel são residenciais, tornando a região um campo fértil para quem busca moradia.
Destaques do mercado candango
A lupa sobre a rentabilidade imobiliária em 2023 revelou surpresas interessantes. Sobradinho destacou-se ao entregar 1,14% de retorno mensal em aluguéis de casas – uma joia para investidores atentos. Ceilândia e Samambaia, com casas de dois quartos, também brilharam com 0,71% e 0,72%, respectivamente, de retorno mensal.
Nos apartamentos, os campeões de performance foram os de um quarto em Sudoeste, Ceilândia e Sobradinho, bem como os de três dormitórios no Gama e os de quatro quartos no Guará, com rentabilidades que flutuaram entre 0,51% e 0,68% por mês – números que aquecem o coração dos investidores pragmáticos.

Já no universo dos lançamentos imobiliários – o chamado mercado primário – o ano fechou com 53 novos empreendimentos, que juntos totalizam um robusto Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,7 bilhões.
Águas Claras e o bairro Noroeste foram os mais férteis em lançamentos, com 12 empreendimentos cada. Porém, Águas Claras encerrou o ano com a maior fatia de unidades ainda disponíveis, respondendo por 31,57% da oferta geral do mercado primário. Uma guinada expressiva em relação ao final de 2022, quando o protagonismo em volume de lançamentos pertencia ao setor Noroeste.
Este cenário traduz, com tintas vibrantes, um mercado em franca vitalidade, onde o desejo por moradia, segurança patrimonial e retorno financeiro dançam em sintonia no compasso da capital federal.
Águas Claras encerrou o ano com a maior fatia de unidades ainda disponíveis, respondendo por 31,57% da oferta geral do mercado primário.
A Crise financeira
As crises são recorrentes ao longo da história, sendo um assunto bastante retratado devido à última crise global que ocorreu, no qual ficou conhecida como crise financeira. Esta crise teve seu crash no mercado
imobiliário afetando diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Atualmente, com a forte globalização entre os países, as crises possuem um impacto maior na economia mundial, e uma crise que começa em um país, principalmente, se for país desenvolvido, acaba afetando diversos países, se não em todo mundo. Esses impactos são verificados de diferentes formas e 12 intensidades, sendo que alguns países sofrem mais e outros menos, isso vai de acordo com sua relevância no mercado mundial, seu grau de relação com o país em crise e sua fragilidade econômica. Certamente, as crises causam enormes impactos no progresso dos indicadores econômicos reais, como por exemplo, produção, emprego e investimento.
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